Sobre la categoría Texto

As fontes para texto, de acordo com as bases da Bienal, destinam-se «à composição de textos em condições de leitura prolongada, com ênfase na legibilidade e conforto do usuário leitor». Essa descrição poderia nos levar a concordar com os ideais de Stanley Morison e Beatrice Warde, que defendiam fontes anônimas e «transparentes». No entanto, uma observação atenta revelará que essas famílias de texto são muito mais do que isso: embora a funcionalidade esteja presente, todas exalam uma personalidade forte, o que não é um defeito, muito pelo contrário. A leitura longa pode existir além dos limites estabelecidos pelos cânones Baskerville e Myriad, elas parecem nos dizer. Talvez nessas coordenadas em que coexistem precisão e originalidade esteja a essência e o futuro da tipografia latino-americana para leitura contínua.

A diversidade também é percebida na medida em que algumas dessas famílias foram feitas por duas ou mais pessoas, e até mesmo por autores de até três nacionalidades. Alguns optaram por séries extensas, enquanto outros sabem que basta uma família pequena e até o par fundamental: romana e cursiva. Elas também, é claro, servem a propósitos diferentes: dar identidade a governos nacionais e estaduais (GMX, Heroica), homenagear editores, artistas ou familiares (Kiperman, Lygia Sans, Timáukel), solucionar problemas de comunicação de bancos (Bi Neoindustrial), explorar o terreno comum entre a gótica e a romana (Texturina) ou simplesmente continuar aprendendo, refinar os projetos estudantis ou demonstrar que ainda é possível e frutífero aspirar a um propósito primordial da tipografia, ou seja, comunicar e reforçar as qualidades persuasivas da mensagem.


Cristóbal Henestrosa

(Ciudad de México, 1979) diseña fuentes tipográficas y libros. Es licenciado en comunicación gráfica por la Escuela Nacional de Artes Plásticas —hoy Facultad de Artes y Diseño— de la Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), especialista en diseño y producción editorial por la Escuela de Diseño del Instituto Nacional de Bellas Artes, maestro en diseño tipográfico por el Centro de Estudios Gestalt (Veracruz, México) y posee un certificado en diseño de tipos por The Cooper Union (Nueva York). Ha desarrollado familias tipográficas para clientes como el Fondo de Cultura Económica, Librerías Gandhi, el Gobierno Federal de México y El Colegio de México. Algunas de sus familias tipográficas han obtenido reconocimientos del Type Directors Club, y también han sido seleccionadas en Tipos Latinos, Bienal de Tipografía Latinoamericana. Es autor de Espinosa. Rescate de una tipografía novohispana (México, Designio, 2005) y coautor de Cómo crear tipografías. Del boceto a la pantalla (Madrid, Tipo E, 2012), que ha sido traducido al inglés, polaco, portugués y chino. Desde 2011 es profesor de tipografía y diseño de tipos en la Facultad de Artes y Diseño.